Entenda porque a climatização adequada nas escolas é importante
Um estudo intitulado “Condições Térmicas e Desempenho em Ambientes de Ensino – Norte de Portugal e Nordeste do Brasil”, liderado por pesquisadores dos dois países ligados à da ESTG e da Universidade Federal da Paraíba, busca resultados em relação à influência das mudanças de temperatura no desempenho cognitivo dos alunos. Resultados preliminares indicam que temperaturas acima dos 28 graus centígrados nas salas de aula podem dificultar o raciocínio, a lógica e a aprendizagem.
À princípio, a apuração se aplica principalmente para algumas regiões do norte e nordeste do Brasil, como Manaus e Teresina. O estudo abrangeu uma amostra de estudantes de várias turmas das licenciaturas em Engenharia Informática e em Ciências Empresariais, tendo sido efetuadas medições quando da utilização de equipamentos tecnológicos, como computadores portáteis, que contribuem para o aquecimento do ambiente.
Foram recolhidos dados ao nível de parâmetros cardiovasculares, consumo de energia e de conforto ambiental, em contexto de sala de aula. No decorrer das medições, os estudantes tinham que responder, simultaneamente, a testes de sequência lógica para avaliação do seu desempenho cognitivo, com registro do tempo e das calorias consumidas pelo organismo, enquanto eram expostos aos parâmetros de conforto ambiental do meio.
Constatou-se, segundo Paulo Oliveira, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), do Politécnico do Porto, uma das entidades portuguesas que participam no projeto, que a temperatura mais elevada do ar pode provocar o aumento da frequência cardíaca dos estudantes acima de 100 batimentos por minuto, passando estes a consumir mais calorias e a diminuir o desempenho cognitivo.
Ainda de acordo com o pesquisador, é fundamental para a assimilação do conteúdo que as salas de aula reúnam as condições para os alunos aprenderem de forma confortável, o que passa pela regulação da temperatura e pelo conforto térmico.
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